Olá, como você está? Espero que bem. 😊 E seu(s) peixe(s), como está(ão)? Bem? Aparentemente bem? Mal? Não sabe? Tudo bem, porque neste artigo falaremos justamente de como podemos começar a entender se um peixinho nosso está bem ou não.

Bem, de forma geral, cabe uma observação inicial, pois é claro que aos que ainda estão chegando no hobby, olhar para um peixe e dizer se ele está bem ou mal pode parecer difícil demais e até subjetivo demais; assim, digo para ter paciência porque à medida que vamos nos acostumando dentro do aquarismo o olho naturalmente apura.

Veremos aqui que alguns sinais são mais certos de serem verificados e outros só mesmo com algum costume. E é justamente com esses “menos verificáveis” que vou começar: comportamento, cores e nadadeiras baixas. Vamos lá ver o que quero dizer…

Comportamento

Em teoria, esse seria o mais subjetivo dos quesitos, mas não é difícil de entender. Se você é iniciante, verá que com o tempo conhecerá os comportamentos de seus peixes e falo de coisas do tipo: ele ser esfomeado, mais ativo que A ou B, preferir o lugar X do aquário etc. Quando esses hábitos mudam num peixe, e o vemos apático, sem buscar comida, isolado num canto remoto, é bom fazermos mais observações cuidadosas, à procura de outros sinais, pois pode ser um indício de adoecimento.

Cores

Neste quesito vejo, pelo menos, três diferenças: cores esmaecidas, cores acentuadas e cores escurecidas.

Claro que podemos pressupor que peixes saudáveis têm suas cores mais vistosas, brilhantes ou com aquele belo visual aveludado, dependendo de que peixes estamos falando. Não está errado, mas chamo atenção para repentinos destaques de coloração.

Por exemplo, é comum que na doença Malawi Bloat, muito comum em ciclídeos africanos, os peixes, de um dia para o outro, se tornem ainda mais brilhantes. Claro que o aquarista deve conhecer seus exemplares e observá-los diariamente e, claro, que isso seria tão somente um alerta, o qual, apenas junto com outras características, daria o diagnóstico correto. Quero apenas chamar a atenção para essas súbitas mudanças de cor.

Por outro lado a perda, enegrecimento ou esmaecimento, também podem denotar problemas em curso ou em potencial. É natural peixes em estresse ficarem escurecidos, porém, o prolongado estado dessa característica pode estar indicando que ele está doente e não apenas de mal humor.

Nadadeiras baixas

Ver uma nadadeira baixa não é, necessariamente, um diagnóstico de doença. Por outro lado, ver um peixe sempre, mesmo nos momentos de excitação – comer ou disputar espaço – com essa característica, pode indicar que algo não anda bem. Caso perceba algo assim, pare um pouco para observar melhor o peixe e ver se consegue encontrar alguma outra informação, tanto em comportamento como nos quesitos físicos do animal.

Características assim mostram como é importante para o hobbista estar sempre de olho – admirando o aqua – e não apenas dando comida e completando a água evaporada. Deixando esse lado de observação que pode, de início, parecer mais subjetivo, vejamos agora elementos que podem atestar que algo desandou no aquário.

Especialmente quanto a esses aspectos visíveis a olho nu é importante sabermos que já temos uma doença instalada e que a maioria é altamente infecciosa entre os peixes do aquário – sem risco para pessoas.

Nadadeiras corroídas

O aspecto é como se uma fina tesoura tivesse cortado as nadadeiras, deixando com um aspecto de estar desfiada.

Manchas brancas

Muitas vezes com um aspecto leitoso, com diferentes intensidades de opacidade, essas manchas aparecem sobre o corpo ou nadadeiras.

Pintas brancas

Talvez a mais comum das doenças, o íctio, é caracterizada pelo aparecimento de pontos brancos sobre o peixe, tal como se tivesse nevado sobre ele.

Veludo – tufos de “pelo” ou “algodão”

Conhecido tecnicamente como Oodinium, em peixes de água doce, a doença do algodão é bem nítida. Surge em qualquer parte do peixe um tufo branco, como se fosse algodão.

Corpo estranho

Por vezes, acontece de termos invasões de parasitas nos peixes, vindos por fora mesmo, e o “verme” âncora é um exemplo. Ele se aloja numa região irrigada por fluídos corpóreos, que pode ser sob as escamas, nas guelras ou orifícios, deixando parte de seu corpo a mostra, somente com a cabeça enterrada no peixe.

Barriga inchada e escamas eriçadas

Estas são características da doença hidropsia, que é o aumento do volume abdominal por causa do acúmulo de líquidos no interior do peixe, o que faz as escamas ficarem eriçadas. Esse estágio já retrata uma situação muito preocupante.

Independente de que doença possa ser é bom lembrar que cada uma tem uma atuação diferente e uma forma de ser cuidada. Normalmente o certo é separar o indivíduo e tratá-lo com medicação e procedimentos adequados. Assim, é preciso recorrer às informações sobre doenças e encontrar o diagnóstico correto.

Doenças, por base, indicam que o aquarista pecou em algo ou foi surpreendido com alguma bomba relógio que passou por todas suas barreiras sanitárias; pode indicar má qualidade de água e pode estar comunicando ao aquarista que a nutrição anda em baixa.

A nossa assiduidade na observação desses bichinhos que decidimos cuidar é a arma mais poderosa para tornar tudo melhor, por isso é importante estarmos sempre alertas, com as leituras e trocas de experiência em dia.
E é com esta deixa que encerro mais um artigo, esperando ter trazido mais um tópico para gerar alguma consciência e questionamento, sempre em prol desses nossos amigos escamosos.
Obrigado pela leitura e até o próximo artigo!

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